Durante a nossa viagem pelo continente Africano, fizemos um safári inesquecível na África do Sul! A reserva escolhida foi a Phinda Private Game Reserve, localizada na província sul-africana de KwaZulu-Natal.
Quando pensamos em safári na África do Sul, o Kruger National Park é a primeira imagem que nos vem à mente. É importante saber que existem outros 20 parques nacionais no país e inúmeras reservas naturais que garantem muitas opções de roteiros. Escolhemos visitar a Phinda Private Game Reserve para vivenciar uma experiência autêntica e de puro contato com a vida selvagem. Os 23 mil hectares de selva do Phinda abrangem sete habitats diferentes com uma biodiversidade enorme.
Aviãozinho no aeroporto de Skukuza.
Como chegar
É possível voar de Joanesburgo para o aeroporto de Skukuza, que fica dentro do Kruger Park, , e de lá pegar outro voo para a reserva de Phinda. Outra opção é voar para Durban e de lá pegar 3 horas de estrada até a reserva, são 350 km. Na ida, nós pegamos o voo de Joanesburgo para Skukuza, e de lá pegamos o avião para Phinda. E na volta, pegamos um transfer até Durban, e de lá pegamos um voo para Joanesburgo. A companhia aérea Airlink oferece voos de outros lugares para a reserva.
Vista aérea no caminho de Skukuza para Phinda.
O voo de Skukuza para Phinda durou em média 2hrs, sobrevoamos por lindas paisagens, passamos por longos caminhos de florestas, lagos e montanhas.
Pista de pouso dentro da reserva Phinda.
Pousamos já dentro da reserva. Um "ranger" (motorista do jeep 4x4 usado nos safáris) nos buscou praticamente na porta do avião. No caminho para o lodge já conseguimos ver vários animais!
O lodge
Nos hospedamos no Vlei Lodge, ele tem um estilo mais romântico, onde os quartos são bem separados um dos outros e a vista é para a savana aberta, onde ninguém passa, só os animais. A Reserva Phinda tem apenas 5 lodges (o sexto está em reforma) sob a administração da rede & Beyond, cada uma das hospedagens oferece experiências diferentes de estadia, todas maravilhosas.
Varanda do quarto!
Os quartos são totalmente integrados com a natureza. Tudo é super charmoso no estilo africano contemporâneo. Alguns objetos e artesanatos produzidos pela tribo de KwaZulu-Natal fazem parte da decoração dos quartos e áreas do lodge.
Parte da experiência da viagem é poder vivenciar hotéis que nos remetem a universos bem diferentes dos nossos. No Vlei Lodge nos sentimos realmente conectados com a natureza.
O lodge não tem cercas, durante o dia podemos circular tranquilamente pelos quartos e área comum do lodge, mas não podemos transitar pelo campo aberto em volta, pois além dos elefantes aparecerem sempre para tomar água na piscina dos quartos, cheetahs, leões e leopardos também circulam por lá! Durante a noite só podemos andar com o guarda armado do lodge.
Sala da área comum do lodge.
Mesa pronta para o jantar
Sala de estar a céu aberto.
Elefantes bebendo água no quarto na varanda do quarto.
O Safari
Os game drives, safáris em veículos 4x4 para observar os bichos, costumam durar de 3 a 5 horas e acontecem ao amanhecer (5 e pouco da manhã) e no fim da tarde, quando os animais estão mais ativos.
Carro 4x4 safari.
Nas reservas privadas, um tracker local (rastreador) acompanha o ranger (guia da expedição) durante o game drive detectando as pegadas no chão. Essa busca com lupa pelos animais torna tudo mais emocionante! O Matt, nosso ranger, era mais empolgado que alguns turistas, e junto com o Mussi, nosso tracker, fizeram com que cada game drive fosse uma emoção única.
Tracker e ranger.
Café da manhã na savana.
Pelo fato de ter poucos lodges dentro da reserva e por conta do seu extenso território, encontramos no máximo 3 jipes durante os safáris.
Muitas girafas pelo caminho!
A cada novo game drive, uma nova surpresa. Não sabemos quais animais vamos encontrar ao longo do caminho e é aí que mora a graça da coisa: pode ser que você encontre muitos animais logo de cara, pode ser que eles demorem um pouco mais para aparecer.
Os guepardos protagonizam o safári no Phinda. Os velozes e elegantes felinos podem ser fotografados de uma curta distância durante expedições na reserva.
Cheetah.
Os guepardos, espécie classificada como vulnerável por órgãos de preservação ambiental internacionais, tiveram sorte em sua reintrodução ali em 1992. Devido à caça e a atividades agrícolas, esses felinos não eram vistos por lá há 50 anos. Vinte e cinco anos depois, a reserva tem uma média de 40 a 45 guepardos e já transferiu cem para outros parques (uma forma de manter o equilíbrio do ecossistema). Enquanto no Parque Nacional Serengeti, na Tanzânia, a taxa de mortalidade de filhotes é de 95%, no Phinda é de 30%.
Cheetah.
Fascinantes, esses felinos são cada vez mais raros devido à caça e à redução do seu habitat natural, com a ocupação do solo pela agricultura. Dos menos de 12 mil guepardos restantes, a maior parte está no Quênia, na Tanzânia, na Namíbia e no norte da África do Sul.
Big Five é uma expressão muito utilizada nos safaris, que se refere aos animais mais difíceis de serem caçados, elefante, leão, búfalos, leopardo e rinoceronte. Quando você está no game drive em uma reserva que possui os Big Five não significa que irá vê-los, as vezes é possível ter a sorte de ver todos.
Grupo de elefantes.
Tivemos a sorte de ver muitos elefantes, sempre em bando, eles estão por toda a reserva. Apesar de lindos, o ranger deixa bem claro que nunca se pode chegar muito perto, pois além de eles serem enormes, são super temperamentais.
Durante a noite, acordamos com uma família de elefantes tomando água na piscina do nosso quarto, ali na nossa frente! É uma emoção ver esses animais tão de perto.
Leoa.
Vimos muitas leoas e alguns leões. O nosso ranger contou que um leão macho faleceu recentemente, por isso os grupos estão um pouco dispersos. Esse era o animal que estávamos mais ansiosos para ver durante o safári, e conseguimos vê-los várias vezes.
Leoas.
Essas leoas passaram várias vezes ao nosso lado, bem perto, e não sentimos medo algum, pois o ranger sabe exatamente quando se deve ou não estar perto dos animais.
Em todo canto na África do Sul há campanhas de conscientização contra a caça ilegal de rinocerontes, que atingiu níveis alarmantes. Os caçadores estão interessados nos chifres, que chegam a valer uma fortuna no mercado negro. Para algumas culturas asiáticas, o chifre é um poderoso remédio — mas até hoje os cientistas nunca provaram isso, só o contrário. Com a extinção do rinoceronte javanês, original da Ásia, os olhares se voltaram para os bichos da África do Sul, que concentra em torno de 21 mil de um total de 35 mil rinocerontes selvagens no mundo.
Em Phinda, os funcionários levam muito a sério essa preservação, e para evitar qualquer contratempo (já houveram vários por lá), os rangers não falam nem por rádio quando encontram os animais.
Búfalos.
A melhor parte da experiência do safári é dividir o espaço com os animais. O contato com a natureza mostra como o mundo animal é sábio e equilibrado quando o homem sabe respeitá-lo.
Experiências
Sempre após o último game drive do dia, o ranger e o tracker montam um bar para os hóspedes no meio da savana. Cada dia é em um local diferente e sempre acompanhado do pôr do sol, que com certeza é um dos mais bonitos que já presenciamos na vida!
Pôr do sol na savana.
Drinks na savana.
O staff nos surpreendeu de maneiras diferentes a cada dia! Fizeram várias surpresas como jantar romântico na varanda do quarto e jantar no meio da savana com todos os hóspedes do lodge.
Mesa de jantar pronta na varanda do quarto.
Jantar na savana.
O mais legal do jantar no meio da savana, é que além de sentir a emoção de estarmos no meio da selva rodeados por fogueiras para os animais não chegarem perto, é que o nosso ranger e todos os hospedes que faziam parte do nosso game drive sentaram juntos. Durante o jantar escutamos histórias maravilhosas e emocionantes sobre safáris, tanto do range como dos hóspedes que já fizeram safáris diversas vezes. Um ponto interessante sobre a reserva de Phinda é que conhecemos diversos hospedes que já estiveram várias vezes na reserva, um deles por exemplo já esteve lá 15 vezes! Percebemos que a reserva oferece diversas experiências, e por toda a autenticidade, os hóspedes vivem momentos únicos em cada visita.
Jantar na savana.
Gastronomia
A gastronomia na reserva é impecável. O chefe conversa com os hóspedes no dia em que chegam para saber se existe restrições alimentares, preferências, etc.
Antes do primeiro safári do dia o staff monta um rápido café da manhã rápido para os hóspedes. Além do lanche montado durante o safári na savana, quando retornávamos para o lodge após o safari tinha mais um café da manhã farto e delicioso nos esperando.
Primeiro café da manhã antes do safari.
Café da manhã pós safari.
Os pratos eram na grande maioria das vezes leves e muito saborosos. O cardápio muda diariamente com opções de saladas, grelhados, carnes de caça e massas.
Salada de frango com quinoa.
O safári é uma das experiências mais autênticas e únicas que já vivemos no mundo das viagens! Foi uma viagem transformadora e que com certeza queremos repetir mais vezes!
Há cinco lodges na reserva , sendo que um está em reforma. — Mountain, Rock, Vlei, Forest, Zuka e The Homestead (este está sendo reconstruído). Incluído nas diárias, estão os safáris, lavanderia, três refeições e bebidas. Os preços variam conforme a época do ano.
Fale conosco para cotar o seu safári através do e-mail- contato@travelhunter.com.br